Videoaula sobre Max Weber – Burocracia

Texto do Professor Anderson Pinho (Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=trkDwqsRiNI) Max Weber, em relação ao mundo moderno (científico), demonstrava um certo pessimismo e não encontrava saída para os problemas culturais que nele surgiam, assim como para a “prisão” na qual o homem se encontrava por causa do sistema capitalista. Antes da sociedade moderna, a religião era o que motivava a vida das pessoas e dava sentido para suas ações, inclusive ao trabalho. Mas com o pensamento científico tomando espaço como referencial de mundo, certos apegos culturais – crenças, formas de agir – vindos da religiosidade foram confrontados. O problema que Max Weber via era que a ciência não poderia ocupar por completo o lugar que a religião tinha ao dar sentido ao mundo. Se, em contextos históricos anteriores, o trabalho poderia ser motivado pela religião, como foi explicado anteriormente, e agora não é mais, devido à racionalização do mundo, por que, então, o homem se prende tanto ao trabalho? Porque o sistema capitalista – da produção industrial em série e da exploração da mão-de-obra – deixou o homem ocidental sem uma “válvula de escape”. Preso, agora ele vive do e para o trabalho. Tanto em seu grande tratado Economia e sociedade como nos Escritos de sociologia da religião, Max Weber estudou a importância social das formas religiosas de vida. O ponto de partida da história religiosa da humanidade é um mundo repleto de sagrado e, em nossa época, o ponto de chegada é aquilo que Max Weber chama de desencanto do mundo: “A ciência nos faz ver na realidade externa unicamente forças cegas, que podemos dispor a nosso serviço, mas não pode fazer sobreviver nada dos mitos e da divindade com que o pensamento dos primitivos povoava o universo. Nesse mundo desprovido de encantos, as sociedades humanas evoluem para uma organização mais racional e sempre mais burocrática”.