Texto do Professor Anderson Pinho (Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=D5W4KyMMFyM&feature=emb_logo) As transformações sofridas pelo poder político não passaram despercebidas pelos renascentistas, e a principal, e mais significativa personalidade nesse campo foi o florentino Nicolau Maquiavel (1469 – 1527). Ele assumiu um cargo importante no governo de Florença depois que a família Médici foi afastada do controle da cidade. Trabalhava como diplomata fazendo várias viagens aos grandes reinos que haviam se unificado, e não se conformava com o estado de guerra que se encontrava a Península Itálica. Na época de Maquiavel as cidades mais expressivas dessa região eram: a sua Florença, Milão, Nápoles, e Veneza. Apesar de seu forte comércio elas eram frágeis politicamente e totalmente vulneráveis a ataques externos. Na época dele era a coisa mais comum uma cidade invadir e dominar outra, por isso a sua preocupação. Além disso, Maquiavel acreditava que a região italiana só teria a ganhar se fosse unificada. Mas como fazer isso? Essa é a pergunta central de O Príncipe (1513), a sua grande obra prima que iria mudar totalmente o modo dos homens ocidentais enxergarem a política. Maquiavel é considerado o pai da ciência política moderna porque não escreveu um tratado teórico de como deveria ser o governo ideal. Desde os gregos até sua época, todos fizeram isso. Sua preocupação não era como deveria ser a política, mas sim em como ela é realmente praticada. Com isso em mente, tendo como fundamento empírico as lições que a história havia dado e como se comportavam os grandes políticos de sua época, ele escreveu um manual de como construir um estado forte e como se manter no poder para governá-lo.